Pólipo Gástrico - O que é isso?

Fui fazer uma endoscopia porque estava com muitas dores no estômago e sempre sofri com gastrite e o resultado foi pior que eu esperava. O médico descobriu um pólipo estomacal.
Pólipos são pequenas massas de células, semelhantes a cogumelos, que se formam no revestimento do estômago. Os adenomatosos (também chamados adenomas) podem, muitas vezes, tornar-se malignos.
Ou seja, é um fator de risco para o câncer!
obviamente vou removê-lo o mais rapidamente possível. A cirurgia chama-se Polipectomia Gástrica. Não quero nem saber se é simples ou não, se apresenta riscos ou não. Só sei que quero fazer logo, ainda mais depois de tudo que aconteceu com a avó da minha filha.

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Adolescência 1 - O Primeiro Beijo

Acho que todas as adolescentes já passaram por isso.
Todas as minhas amigas já tinham "ficado" com alguém, menos eu. Passava por aquele dilema do "Mas eu nem sei beijar".
Eu gostava de um menino do meu bairro. Muito. Era encantada por ele. Mas imaginem se eu (naquela época, lógico, hoje pensaria diferente) iria passar a vergonha de ficar com ele se eu não sabia beijar?
Pois é...
Eu era apaixonada pelo menino e o menino por mim, mas não foi com ele meu primeiro beijo por uma vergonha tola. Aí o esnobava, para ele pensar que eu não gostava dele. Tudo porque a anta aqui achava que o "beijo" era tão difícil.

Até que um dia, numa festinha, tinha um menino que morava no meu bairro, mas não tão próximo a mim e que eu não iria ver tão facilmente. Pensei que seria minha oportunidade de acabar com a dúvida, né? Afinal o traste ia sumir depois daquele dia.
Beijei o dito cujo, vi que não tinha segredo nenhum e inventei uma desculpa qualquer para ir para casa.

O problema é que o garoto começou a surgir todos os dias no meu prédio. E agora? Eu não tinha aprendido ainda a dar o fora em alguém, então comecei a sumir um pouco. Uma hora eu tinha que estudar, em outra ajudar a mãe e por aí vai. Até que aprendi por mim mesma que o melhor era falar pra ele que eu não queria nada.

E ficou por isso mesmo. Cada um na sua. E a vida seguiu...

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Luto - A Maldição do Câncer

Mais uma pausa na história da minha vida pois hoje é um dia muito triste para mim. A avó da minha filha faleceu. É minha ex sogra. Mais pra frente explicarei melhor porque ex sogra, no momento só quero falar dela, da tristeza da minha filha e dessa maldição que é o câncer.

Não tenho mais convivência com a família do meu ex marido, tampouco ele procura a minha filha mais velha, mesmo assim ela os ama demais.
Mas essa avó dela era diferente.
Ela a procurava e amava demais minha filha. A última vez que a viu foi há 20 dias atrás, já bem magrinha e sem os cabelos. Maltratada por essa triste doença.

Pelo que ficamos sabendo ela descobriu o câncer no estômago há poucos meses, mas a doença tomou conta da vida dela muito rápido. Numa visa a minha filha já estava sem os cabelos, em virtude da quimioterapia e muitos quilos mais magra. Não sei o que pode ter causado esse câncer. Procurei ler, e o que o Inca diz sobre os fatores de risco é o seguinte:

"Vários estudos têm demonstrado que a dieta é um fator preponderante no aparecimento do câncer de estômago. Uma alimentação pobre em vitamina A e C, carnes e peixes, ou ainda com uma alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento deste tipo de câncer. Outros fatores ambientais como a má conservação dos alimentos e a ingestão de água proveniente de poços que contém uma alta concentração de nitrato também estão relacionados com a incidência do câncer de estômago.

Há também fatores de risco de origem patológica. A anemia perniciosa, as lesões pré-cancerosas como a gastrite atrófica e metaplasia intestinal e as infecções gástricas pela bactéria Helicobacter pylori podem ter fortes relações com o aparecimento desta neoplasia. No entanto, uma lesão pré-cancerosa leva aproximadamente 20 anos para evoluir para a forma grave. Sendo assim, a medida mais eficaz para diminuir os riscos é iniciar uma dieta balanceada precocemente, ainda na infância.

Pessoas fumantes, que ingerem bebidas alcoólicas ou que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver este tipo de câncer."


Enfim, acho que nenhum de nós está realmente livre. Temos que sempre prestar atenção em sintomas como perda de peso, anorexia, fadiga, sensação de plenitude gástrica, vômitos, náuseas e desconforto abdominal persistente que podem indicar uma doença benigna ou mesmo o câncer de estômago.

Mas mesmo assim ela seguia lutando contra a doença. Até que, uma cirurgia para a retirada do câncer foi marcada. O que parecia ser a solução de todos os problemas foi, na verdade, o início de uma dor sem fim.
Pelo que explicaram, meio por cima, o médico, ao retirar o tumor do estômago, acabou perfurando o intestino e daí tudo se complicou. Ela foi para a UTI.e não deram muita esperança para a família.

Fui preparando a minha filha porque eu sabia o quanto ela ama a avó e o quanto ela sofreria. Disse que ela fez uma cirurgia, mas que não tinha sido muito boa. Mas ela ficou esperançosa, disse que ela ia melhorar.
Porém hoje veio a triste notícia. Ela não resistiu.
Tive que dar a notícia a minha filha que ficou em prantos. E tudo isso aconteceu há 3 dias dela completar 12 anos, imaginem a dor que minha menina está sentindo.
Agora que ela adormeceu um pouco, me sento aqui para escrever um pouco e lutar contra essa dor e tristeza.

Foi minha sogra, já tivemos momentos bons e ruins, já nos desentendemos algumas vezes, sim. Mas tudo que eu mais queria é que ela estivesse aqui, viva, sorrindo e vendo o quanto minha filha a ama. Por isso orei tanto por ela quando soube que ela estava mal.

Agora só nos resta pedir que descanse em Paz! Sei que você está ao lado do Pai!

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Infância 2 - Uma mãe presente, mas ausente

Antes de falar da minha mãe, quero dizer que não a culpo por tudo. Boa parte do modo como ela me tratava, se deve a educação que ela recebeu dos pais dela.
Bem, acho que não sofri tanto na infância com minha mãe, não. E sim da adolescência em diante.

Quando éramos pequenos, minha mãe trabalhava em período integral, então a única solução era eu e meu irmão nos virarmos sozinhos para tudo. Começamos a ficar sozinho em casa, eu tinha 6 anos e meu irmão 5.
Nossa rotina incluía tudo que os adultos faziam: acordar, arrumar o quarto, fazer almoço, lavar louça, tomar banho, se arrumar, estudar, ir pra aula, etc. Com uma única diferença: érmaos crianças!
Claro que eu, como filha mais velha, me ferrava com tudo, e o pestinha sempre se dava bem...rs
Morávamos num bairro distante e o horário de ônibus era péssimo. Saíamos de casa às 11:10 da manhã e chegávamos no colégio meio-dia. A turma da manhã estava saindo. Que mico, né? Mas era a única opção, pois o próximo ônibus era só 13:10 e chegaríamos atrasados. Surra na certa!

Lá pelas 8 horas da noite a mãe chegava em casa, mas não tinha como dar atenção pra gente, pois sempre estava cansada. Tinha trabalhado demais!

Os anos se passaram e lá fui eu para o colégio das patricinhas (lembram?). Aí eu já era considerada diferente por causa do meu pai, mas isso era só o começo.

Uma vez fui fazer trabalho na casa de uma "colega" de classe, aí ela estava depilando as axilas com a mãe quando cheguei lá. Tínhamos 11 anos. Me perguntaram:
"Sua mãe faz sua depilação?"
Falei que não, o que era verdade, já que minha mãe nunca tinha tido um diálogo comigo sobre nenhum assunto de mulher, quem dirá fazer.
Aí ela falou para a turma toda no outro dia que eu tinha as axilas cabeludas, as pernas cabeludas e por aí vai.
Vai se ferrar! Eu só tinha 11 anos!
E que culpa eu tenho se minha mãe nunca me deu informação alguma sobre essas coisas? Naquela época acesso a internet era raro e não existiam tantos sites assim sobre tudo como hoje.

Se dependesse dos ensinamentos da minha mãe, eu ia acreditar piamente que eram as cegonhas que traziam os bebês. Vou ser bem diferente com minhas filhas!

Mas voltando a história, já que com 11 anos eu não tinha dinheiro pra pegar depilação e não sabia como fazer aquilo em casa e minha mãe também não quis me ajudar, peguei um prestobarba e taquei nas pernas. Raspei tudo e saí me achando.

Minha filha mais velha tem 11 anos também e nunca precisou tocar num prestobarba.
Levo ela pra fazer axilas, sombrancelha, buço e tudo que ela quiser num salão de beleza. Ela não vai sofrer o que eu sofri. Mas não vai mesmo.

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É vermes ou só dentinho nascendo?

Vou fazer uma pausa na história da minha vida para desabafar um pouco sobre minha preocupação de hoje.

Há mais de 10 dias minha filha mais nova (tem 11 meses, vou falar sobre ela numa postagem mais pra frente),  está com diarréia e tem perdido um pouco de peso. E olha que come pra caramba! Se deixar janta duas, três, quatro vezes...rs
Levei a pediatra e ela me afirmou que era porque estava nascendo mais um dentinho, que era normal, que ia passar, e coisas do tipo. O problema é que o tal dentinho já nasceu e não passou.

Estou achando que são verminoses, porque a danadinha coloca tudo que vê pela frente na boca. Amanhã vou em outro pediatra para ver se tenho outro diagnóstico.

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Infância 1 - O pai alcólatra

Mesmo com esses problemas fui crescendo, brincando, tentando fazer amigos, enfim, ser uma criança normal.
Com meus 10, 11 anos, meu pai ficou desempregado e aí começou uma grande luta na nossa vida. Não, isso não diminuiu meu amor por ele. Muito pelo contrário. Isso só inverteu os papéis. Parecia que ele era o filho. Mas isso foi aos poucos.
No começo foi uma revolta só.

Eu estudava num colégio particular, cheio de filhinhas de papais engravatados. Eles chegavam lá para levá-las de terno e gravata. E o meu ia me levar de havaianas, sem camisa e o pior, bêbado.
Não preciso dizer que criei inimizades com toda a minha turma do colégio, né?
Começavam a rir de mim, botar apelidos no meu pai e eu o defendia da maneira que eu podia.
Então elas me excluiam do grupinho delas porque eu era diferente. Eu tinha um pai bêbado. E, pra agravar, eu não era tão rica como elas, não tinha ainda viajado pra fora do país, não tinha as melhores roupas de marca.
Então ocupava o meu tempo na escola fazendo o que se tem que fazer lá: estudando. E era sempre a melhor da classe. Hoje vejo que elas só me fizeram bem me excluindo da turminha delas.

Mas não era só no colégio que a luta com o meu pai existia...

No prédio onde eu morava ele era a piada. Como chegava bêbado, as crianças ficavam rindo dele. Botavam apelidos na gente, fazendo referências a ele.
Mas o mais difícil pra mim, como menina, na época, era ir buscá-lo no bar.
Ele ficava num bar bebendo no meio de um monte de homens, obviamente todos tão ou mais bêbados do que ele, e, muitas vezes, passava mal (mais tarde descobriríamos que era em virtude do diabete). Aí iam chamar a gente em casa para buscar ele que tava tendo convulsões lá.
Minha mãe jamais irira sair de casa pra ir num bar. Meus irmãos idem. Então sobrava pra mim, que nunca ia abandonar meu pai.
Era uma humilhação muito grande entrar naquele boteco sujo, cheio de caras nojentos, pra carregar meu pai nos braços, arrastando pra casa e, muitas vezes com a ambulância. Mas eu sempre fui.

Mas isso acabou. E eu fiz parte disso. Ele não bebe mais há 12 anos. Mais pra frente eu conto.

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Uma bebê diferente e sem a mãe por perto

Claro que eu não me lembro de como foi minha vida quando bebê. Sei o que os outro contam. Aí vou juntando um comentário aqui, outro ali e tirando minhas conclusões.

Fui a primeira filha de meu pai e minha mãe e a primeira neta do lado do meu pai. Tive muito carinho por parte de todos até chegarem os outros netos.
Minha mãe logo precisou voltar a trabalhar porque antigamente a licença-maternidade era de bem menos tempo.
Nos primeiros meses fiquei com uma babá e logo depois na casa das avós, intercalando, até ter idade suficiente e conseguir vaga na creche.

Era uma criança aparentemente normal até que, aos 9 meses de vida, tive minha primeira convulsão. Acredito que o médico não era muito experiente, ou não me deu o tratamento adequado, pois com 1 ano e 9 meses, tive mais uma.
Eles realmente não trataram como deveriam, ou talvez, minha mãe não se interessou em fazer os exames, ou procurar um médico especialista.

O fato é que alguns anos mais tarde eu descobriria que tenho Epilepsia, e que carregaria isso para a vida inteira. Mas isso é assunto para outra postagem.

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Começando...

Ia começar falando do que sou hoje, mas se não contar minha infância, tudo que eu passei, a doença que carrego e todos os meus problemas, não teria como começar esse diário.

Aqui, mais tarde, falarei do meu dia-a-dia. Mas, a princípio, quero contar um pouco de mim.

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